Minha mãe, hoje com 70 anos, nasceu em 1936, passou por muita coisa sem saber: segunda guerra mundial, ditadura e suicídio de Getúlio, criação de Brasília, a invenção do rádio, do cinema, da tv. Perguntei a ela como era o natal na roça, lá em Bom Jardim de Minas. Era o dia que morria uma galinha, respondeu ela. Achei engraçado. Lembrei do filme Babe, o porquinho atrapalhado, onde numa fazenda, no natal faziam o mesmo. Naquele tempo nem rádio ela tinha, numa família de mais ou menos umas 11 irmãs. Minha mãe só tem irmãs. Por conta disso as mulheres é que faziam o serviço pesado, como plantar, colher, roçar.
Uma vez por ano havia uma grande festa na cidade, uma festa religiosa. Razão para todos aqueles que moravam em sítios e fazendas bem distantes do centro, partirem animados para a cidade. A festa era um grande acontecimento, que nunca saiu da cabeça dela. |
segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
Natal na roça
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