Foi mais ou menos em 1975, um pouco antes ou um pouco depois. O mais novo dos filhos tinha problemas mentais, mas era calmo, conversador, tranquilo. Gostávamos de conversar com ele. O problema estava na mãe, que gostava de bater nele pelo menos uma vez por dia. Não passava um dia sem dar uma surra nele, seja qual fosse o motivo, poderia ser o mais bobo possível. Um dia apanhou apenas porque estava batendo papo comigo. Todos da vizinhança reprovavam este comportamento horrível por parte da mãe. Mas e o pai? Nem sei do pai, se era vivo, ou se omisso. Não me lembro dele. Mas um dia a coisa desandou, os problemas surgiram, muitos acharam que era castigo, outros davam outras explicações para o inferno que aquela família inteira passou a suportar. De uma hora pra outra, nada ficava nos lugares em casa, objetos caiam, sozinhos, das prateleiras, das mesas, nada ficava em pé. Bastava o garoto inocente passar e isto acontecia. Chamaram padres, benzedores, rezadores, exorcistas, tudo. Nada resolvia. A família, principalmente a mãe, nem dormia direito, o sossego acabara. Dizem os parapsicólogos que isto é causado pelo próprio garoto sem ele saber. Uma energia vinda dele, sem que ele tivesse controle nenhum, nem percebesse. Os vizinhos acham que eram maus espíritos. Um dia eu e minha mãe fomos lá fazer uma visita. Enquanto ele estava pra rua, nada aconteceu. Mas bastou ele chegar pra coisa começar. Não demorou muito, a família se mudou, não sabemos pra onde. Sumiram. Nunca mais tivemos notícias. *_*Update--- A história foi real, até onde pude constatar. Eu estava na sala, o rapaz na cozinha. Apenas escutei os barulhos, não vi acontecer. Mas uma coisa é certa, a mãe nunca mais encostou a mão nele. |
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
A casa cai
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário